Artes na Rural


Intragável Questão
(Ícaro Figueredo, aluno do 4º período de Filosofia)

Ora, o que é a vida?
Terrível questão,
no entanto óbvia!
A vida é vida
Só isto.
E só isto é tudo!

Que milagre terrível
que espanto, que fúria
que mistério desvairado
abismo tresloucado
que sonho! que sombra!
Espanto. Vivo!

Alegria desesperada
tão aguda que chega a ser dor
Incômodo, agitação, irritabilidade
Explosão!
Sinfonia de sons muito graves e sons agudíssimos
Viver é agudo.

Como é sólida e forte a vida
Como se atreve a ser
A perdurar
Viva, louca, inquieta
Dura, ácida, cortante
Fogo vivo, dançante

Mas como é frágil a vida
Como é linha fina, puída
na espectativa de logo rebentar-se

inconstante

Por vezes chega a duvidar da própria vitalidade.

E como se assusta ao perceber que é vida!
Se surpreende.
E se incomoda, se impacienta.
Como chora, ri, grita.
Se desespera!
Quase não suporta o fato de ser viva.
E de tão viva, se espanta, se estremece.
Que estrondo! Que erupção!

Mas que gloriosa obra de arte!
Que suprema
Que divina! 
enigmática,
indagável.

E torno a repetir uma vez mais
a intragável questão que aflinge
o filósofo, o ciêntista e o poeta:
Ora, mas o que é a vida?


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ASAS

(Lucas Gomes, aluno do 2º período de Jornalismo)

Então coube a mim ser eu mesmo, e o mesmo, se espelhar em mim.
E do mesmo ao mesmo tempo se exigia sempre o melhor, 
mas também o pior, e ainda o trágico, 
mas o trágico que se fizesse impressionante, 
formoso, exuberante, apenas o apesar do pesar de um menino brilhante
que sempre sonhou e sonha em voar bem alto,
mas cada vez menos se esforça para ganhar asas.

Asas essas que não são dadas, mas sim conquistadas
para que um dia possam pelas nuvens flutuar, viajar. 

                                     


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Carta prévia ao leitor

(Marcos Martins - aluno do 1º período de Engenharia Florestal)

Hoje, se você se solta como um papagaio, e acredita ser um, você é um papagaio! Chamam isso de “liberdade”... Para mim, na verdade, o homem de hoje é o homem da negação - nega a si próprio, por exemplo, a evolução das espécies. Mas isso não é ruim, nem errado. Pelo contrário, é necessário para nossa continuidade, e para nos livrar do enlouquecimento! Nega-se isso, pois precisamos negar-nos o sofrimento letal de cogitar a hipótese da não existência da alma. É neste ponto que as relações interpessoais entram efetivamente, pois a continuidade dos seres humanos depende desse fator, opondo-se às Guerras, à violência, às injustiças e aos maus vícios. Dizer não é uma maneira de guardar sua energia para se modificar, e sim, pensar, característica que nos torna singulares aos outros animais da Terra. Com isso, percebemos no homem o que Freud já nos mostrava outrora: o desejo, consciente ou inconsciente (este ainda mais!) é o que nos move; mas, ao contrário do que muitos imaginam, o desejo não nasceu para ser realizado, pois sempre haverá outro para preencher o vazio que ficou no lugar do que foi alcançado; sendo assim, o desejo existe para ser potencializado, pois precisamos de um motivo para continuarmos vivendo, movendo-nos mais a cada dia para o nosso futuro, e trilhando um futuro para a História do homem.
Criamos, com isso, o que chamo de feridas trágicas - este incômodo de dizermos não a nós mesmos, e nisso, o ser humano é o animal exclusivo, pois pensamos e, graças a esta essencial, porém letal característica, percebemos que o mundo é infinito; nós, não... Carregamos a angústia da humanidade! Viver é um talento, pois é o resultado positivo do sofrimento essencial. Nisso, algumas características de personalidade começam a surgir no psicológico humano... Temos, por exemplo, o neurótico, o egocêntrico, o psicótico, o perverso, o histérico, o cínico...; este último vale ser ressaltado, pois é o que melhor enxerga esta verdade – utilizando-se de certa ironia, por isso se afasta de tudo, para assistir de camarote. Pelo menos, acredita que pode enxergá-la...
Outra de nossas exclusividades, como deve saber, é a capacidade de criação. Criamos mundos, histórias, e potencialmente, vidas... Infelizmente, em contrapartida, carregamos a sina da destruição! Devemos dar valor ao que se cria, mas nós não valorizamos o criar, por isso sofremos tanto. Deveríamos ser seres um pouco mais estéticos às vezes, enxergando beleza num simples copo d´água que se bebe, pois é ela que, saciando-nos a sede, dá-nos a continuidade da vida. Por isso, a arte é necessária, o ser humano é o único ser que nasce e, algum tempo depois, compreende que vai morrer, pois é o único que “sabe”. O seu problema é perder a trajetória conflitante. Aí as coisas se complicam... Caro leitor, digo-lhe, se não estiver vivendo um grande conflito, procure por um, imediatamente, pois é melhor você procurá-lo que ele vir ao seu encontro, inesperadamente, depois. Nascemos não sabendo o porquê, mas morremos convictos de tal destino. A vida é uma brincadeira interessantíssima quando se vive um "Amor Facti", alicerçado por um retorno que nos é essencialmente eterno, sina de todo ser humano. Portanto, para nos melhorarmos como seres humanos e – tentemos – pensantes, que tal lermos o mundo um pouquinho mais a partir dos livros? Delicie-se com esta arte!



Em Terra de Cego Etc
por Transitorius

 “Minha vista me apresenta numa profunda cerração...
Numa tarde de setembro, ainda não tão enxuta por conta da chuva gostosa que caía, estava eu em meu quarto, sobre minha cama, vendo-me aglutinarem-se em mil opacas nuvens a minha já escassa visão.
Fluíam de minhas veias, assim como murmuram as noites adentro das mais nefastas matas da perdição funesta, o odor que de Perséfone já me alastrava. De um súbito suspiro soluçado, vi sair de minha boca o mais grotesco grunhir de um animal em sangue, embora rápido. Desencarnei. A terra nos sendo leve, vamos às histórias do subúrbio...
Assumi, então, numa dada fase dimensional, ora uma oblíqua forma, ora uma forma espiral; e, por fim, espalhei-me de um modo virtual num fluxo oscilante, sentindo concomitantemente um peso na cabeça, que me arrastava gravitacionalmente em direção oposta - do mesmo modo de um empuxo em água, mas como se o céu fosse o chão; prendia minhas unhas em minhas faces já mornas, tendendo ao gelo das futuras e mais putrefatas carnificinas.
Não consegui me segurar a mim, e me vi separar-me de mim mesmo, dos modos mais pleonásticos e fantasmagórico-metafísicos possíveis. Senti-me insignificante frente ao Universo (ou sabe-se lá que lugar era aquele!). Só sei que queria ficar em meu corpo, não resistia ao meu desejo de incompletude, natural e essencial de todo ser humano. Como outros, “não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria” de seres humanos... Noutro momento, entretanto, essa impressão de incompletude parecia acabada. Sentia-me um só, completo, como se aquele meu corpo sempre tivesse sido apenas um pedaço vazio de carne, onde o Ego, de agora em puro Id¹, o que é completo, saísse de dentro dessa casca... Ao vencedor, então, as batatas?
Não acreditava, não conseguia acreditar no que me estava acontecendo, até mesmo porque fugia a tudo o que eu concebia como minhas explicações fenomenológicas, advindas de minhas verdades e, mesmo dizendo, em toda esta vida de bom filósofo que sou (ou que fui, não sei mais!), que nunca podemos encontrar uma verdade absoluta, apenas mais questionamentos para tantas indagações que surgirão, naturalmente... Ainda assim, sempre fazia minhas próprias verdades vitais e dogmáticas... Imagens! Gados da Maioria², imóveis e, agora, futilidades desfocadas...
De repente, ao me sentir flutuar para mais distante de meu corpo, encontrei um ar de grandeza ao meu lado, como algo que eu sempre sentia ao ler as palavras “onipotência, onisciência e onipresença” ou “o Alfa e o Ômega”... Seria Deus? Eu não o sabia ao certo, pois, além de não haver cor alguma nesse vácuo ambiente – subentendendo a óbvia ausência de luz – também não interagia comigo por meio da voz, senão, acredito, pelo pensamento, ou se sabe lá como. Apenas sei que todos os meus pensares o seguiam. Perguntei-lhe quem era, ora... Disse-me: “Sou o grande falo, o início e o fim, o Senhor dos senhores, o condutor”.
Chamou-me Lúcidus, ainda que meu nome fosse Henryk, acho. Perguntou-me o que eu queria, qual era o meu desejo. Disse-lhe que nada queria, senão entender o que me acontecia, óbvio. Riu-se ironicamente... “Estás morto, Lúcidus... Não é evidente? Venhas comigo, pois!”. Ri-me sarcasticamente, ao arguir: “O que eu ganho com isso, Senhor?”. Mostrou-me coisas... Disse-me, antes, que me deveria ter protegido dos malvados conselhos e dos homens falsos! Antes...
Vi todas as revelações do mundo, desde os males de Pandora até as dádivas do Paraíso... Fui da origem do homem, totalmente diferente das duas mais plausíveis e opostas hipóteses-verdades, mas intraduzível conteúdo, pois não haveria meios de passar tal fato para a Língua (não há uma cultura específica para isso! Logo, não há uma língua para isso...), até o próximo fim das espécies (distante ainda!).
Mostrou-me as ruínas dos grandes, as quedas dos Impérios, as Guerras Mundiais, as respostas para os maiores enigmas da humanidade... Passou-me, como num segundo, Eras e épocas de toda a História Universal. Deu-me a oportunidade de ver os maiores segredos epistemológicos que o homem já inventara: colocou-me dentro de Alexandria, especificamente em sua Biblioteca, antes de as chamas do mal a terem devastado.
Fiquei sabendo de coisas que dariam aos homens sua destruição, perdição ou salvação. O que mais eu queria? Saber o que viria depois, é claro... Depois do fim. Deu-me o Nada, o Caos e o Tempo. “Escolha, já!”. Pensei no Nada... Sempre o soube em vida. Pensei no Caos... Minha cabeça ficou confusa, pois já havia escutado que Tudo nascera do Caos (ou do Nada, como alguns o chamam... Então o Caos e o Nada seriam os mesmos, dando-me respostas idênticas?).
Resolvi parar e seguir o que Ele me dissera: “Escolher, já”. Logo, acredito que não quereria que eu escolhesse as duas que me fariam confundir e divagar por algum tempo, mas sim a única que me seria óbvia, e rápida: o Tempo. Ele dissera-me ser o começo e o fim. Logo, pensei no Tempo como tal, analogamente a uma linha horizontal, linear e sucessiva, com um começo, um meio e um fim bem definidos. Parecia ter compreendido tudo...
Revelou-me, no entanto, o que vinha depois: abruptamente, o Tudo tornou-se o Nada, e paulatinamente, do Nada, o Tudo renasceu. O Caos ficou como o meio entre tudo isso, como se o processo meiótico se fizesse do Caos, singular e intenso como o nascer de uma célula. O homem voltou, mas diferente do Homo sapiens sapiens³ de antes... Nascia já pensando, seria chamado por seus semelhantes de Homo “ultrassapienta”. Mas, para Ele, apenas “o Homem”, como sempre o fora. Nem mais, nem menos.
Mostrou-me as novíssimas relações interpessoais, as novas sociedades e seus novos modos de constituírem suas culturas. Não há como descrever em palavras, só posso chegar, o máximo possível, a uma chula comparação com o aclamado lugar de nascimento que Rousseau desejava, quando nos dava a origem das desigualdades entre os homens. Ainda assim, a comparação é ínfima ao que realmente seria.
Após me expor tais descrições, aglutinou-se essa presença estonteante e sensivelmente exuberante dentro do próprio Tempo e, através e por meio dele, disse-me, com voz longínqua e profunda, mas bem audível: “Sou o Alfa e o Ômega, o começo e o fim, mas me renovo a cada fim para um novo e distinto começo, um verdadeiro recomeço!”. Compreendi o porquê de o Tempo não morrer, de ser cíclico e recursivamente possível...
Lembrei-me, então, dum trecho final de Machado, muito pertinente agora: “O Cruzeiro, que linda Sofia não quis fitar como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens”.
Olhei para baixo, próximo ao meu corpo que, embora distante, ainda me era bem visível. Percebi um espectro perto dele. Ele me viu também, e gritou: “Saia, és meu!”... Senti um arrepio, um calafrio no local onde me era a espinha, mas que agora não se passava de algo como um ectoplasma pensante... Não sei! Mas sem espinha, com certeza.
Aquela nova presença naquele espaço era um algo que me passava uma impressão ruim, um tipo de energia maligna, como se fosse a presença das Trevas... Seria um demônio ou algo parecido? Não o sabia ao certo. O Tempo, já Onipotente, presenciando o fato, fez daquela sombra apenas pó. Sumiu totalmente.
Ele me perguntou, então, o que mais eu queria, qual era meu desejo agora. Respondi-Lhe que queria ver seu rosto, sua verdadeira face, seu brilho Dêitico e transcendental. Disse-me para pedir-Lhe tudo, menos aquilo... Mas eu insisti, queria vê-lo. Assim, Ele o fez.
No instante, senti um vento. O vácuo se foi... Assim, um brilho ígneo e intenso, como a luz dos raios do Sol, vindo dEle, ofuscou minha mente e meu raciocínio. Não consegui mais pensar em nada. Pareciam queimar onde em vida ficavam meus olhos. Cocei-os. Dr. Hector, ao abrir as janelas, chamava-me: “Henryck, está me ouvindo? Diga, o que quer? O que deseja agora?” - Retirei meus óculos, tossi. Recoloquei-os. Desviei o olhar e fechei-lhe a face... Com isso, aumentou a dosagem de meu medicamento tarja-preta em 80% da dose inicial. Ótimo psiquiatra... O único que, por ser perverso, não me vê como esquizofrênico que sou.
Minha vista me apresenta numa profunda cerração...”


Clínica Psicoterapêutica Vozes do Silêncio
Relatório de rotina
Método: Gravação de consulta.
Observações Gerais Avaliativas:


DIAGNÓSTICO MÉDICO

O paciente continua em devaneios totais, em sua falsa realidade paralela. Diz estar cego, mas vê tudo... Está consciente, então? Aumentei seu medicamento para 20% da dose inicial, apenas para contê-lo um pouco mais, e não para 80%, como, em seu surto de hoje, relatou-me, obviamente desconsiderando o que dissera sobre minha personalidade, tendo em vista que não sou perverso. Acredito que, a partir de agora, o medicamento surtirá efeitos. Ademais, o paciente admite, estranhamente, sua esquizofrenia, demonstrando, a meu ver, que está muito distante de se encontrar bem mentalmente. Darei continuidade, pois, ao tratamento.

_____Hector Von Dinnitz____
Dr. Hector Von Dinnitz.

Após o gosto acre e corrosivo daquele comprimido que me descia ao estômago pela garganta seca, sem sequer um copo d’água para auxiliar na passagem, voltaram-me a minha casa, branca e solitária como sempre. Colocaram-me em meu quarto, com os braços presos por uma roupa que me apertava tanto... Após algumas horas, senti minha saliva evaporar-se de minha boca ainda mais que antes; rodou peão, rodou carrossel, rodou-me o mundo e, num suspiro, novamente me deitei em minha opaca visão e no odor dos hormônios da negação da vida, que saíam de meus poros e se alastravam pela alcova adentro. Minha respiração ofegante se esvaía de meu corpo... Gritei enquanto pude, mas minha voz não saía – ou só não me quiseram ouvir. Eu não mais canto as armas e os barões. Já me dissera o filósofo: “Houve uma guerra contra os Turcos, mas eu tenho certo amor a ordem”. Há homens que nascem póstumos... Desencarnei.
Minha vista me apresenta numa profunda cerração...



(Fim)



1              Termo da psicanálise Freudiana que significa o inconsciente.
2              Expressão do livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Ruxley.
3              Evolução – de acordo com  a Teoria Evolucionista – do Homo sapiens. Alguns chamam o 2º sapiens de “subgênero”. http://www.grupoescolar.com/pesquisa/evolucao-humana.html

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Aqui...
(Marcos Florentino - aluno do 3º período de Comunicação Social)

Existimos...
Existimos?
Onde?
Aqui?

Somos...
Somos?!
O que somos?!

O diapasão desafinou...
Quem dará o tom?

O privilégio do TER fez sumir o eu

Onde?
Aqui.


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Inconstante
(Castro Lins - egresso do curso de LICA)

Que é a vida, a criança quer saber?
Oh querida, saudade é a vida
De constante só o atar e o romper,
Hoje és minha doce criança
A criança amanhã é lembrança
E a vida: uma eterna inconstância.


A constância que creio consiste
Na eterna inconstância persiste,
Esse pleno, a saber: não existe!


Todo amor é a lápis gravado,
Felicidade escreve na areia,
A saudade sim, nessa creia!
Que é hoje como é no passado.


A tristeza tem fim, meu pai?
Claro que sim, minha pequena,
Assim como a alegria se vai,
Acaso essa dor seria plena?


Tem pra si o fim a inconstância,
Como ultimo bem e ofício,
Um nome porém, não alcança:
O Eterno sem fim nem inicio.


A constância é o Deus que canta!
Criança, viva a inteira infância
Pois, perguntar não adianta...
Vive, enquanto dure, a constância.

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Amor Compartilhado
(João Paulo da Silva - Licenciatura em Matemática 3º Período)

A todas amei tão forte
E de bocas fiz alegria
E disse palavras nobres
De um amor que eu sentia.

Fiz de um momento euforia
Corpos entrelaçados
Sem nenhuma noção de espaço
Num instante de rebeldia.

Isso é amor compartilhado
Sentimento que não se doa
Ao corpo e espírito amado.
Porque doar só é nobre
Quando não se espera um dote
Daquilo que é doado.


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Amizade
(João Paulo da Silva - Licenciatura em Matemática 3º Período)

O encontro, sublime e forte,
De dois mundos, se enobrece.
Será apenas singela sorte
Que a vida tece?
Espero ter a resposta certa.

É muito mais, que eu lhe conte.
Uma simples sorte não acarreta
Tão belo instante.

Nasce então, sincero e mútuo,
Desejo nobre e irrestrito
A exercer o divino ofício
De ser amigo...

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Sua matéria, doce lição
(João Carlos Soares Damasceno - 4º periodo de hotelaria)


Não quero Ciência
Nem Livros Didáticos
Eu quero Alegria
Eu quero Poesia
Mas isso
Seria uma Antítse,
Como ter amor
E não sentir dor
Como uma Revolução
De forma pacífica
ou quem sabe Cardíaca
Que afete eu e você
Porque é fato
Teu afeto me afetou.
De que me adiantaria
Dizer tudo isso
Lindo e correto
Se estaria sendo falso
Se não vivesse
O que digo
O que sinto
Se não vivesse você
Que me faz querer saber,saber
A filosofia da história
A geografia da matemática
A física da literatura
A sua química
A biologia tua
Você nua
Eu percorrendo minha língua portuguesa
Pela arte da tua boca estrangeira
Sentir a poesia no teu olhar
E numa prosa descobrir
Teu verso e inverso
Teu ser ou não ser
Saber a questão
Que aflige meu coração
Te querer


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