Por Phelype Gonçalves
O auditório do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) da
UFRRJ recebeu o Primeiro Encontro do PIBID (edital 2009/2012) — Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência — com o tema “Integrando
saberes: diálogos sobre a formação prática docente” nos dias 6 e 7 de junho. O
evento reuniu mais de 20 licenciaturas e contou com a presença de professores
da Universidade Rural e de outras instituições.
Dos docentes da casa, a mesa de abertura recebeu
Ana Maria Dantas Soares, reitora da UFRRJ; Lígia Machado, pró-reitora de
graduação; Lana Cláudia Fonseca, coordenadora institucional do edital 2009 e
Pró-reitora Adjunta de Extensão; Rosa Mendes, coordenadora institucional do
edital 2011; Liliane Sanchez, coordenadora da área de gestão de processos
educacionais do PIBID/UFRRJ; e, por fim, Sara Fazollo, coordenadora
institucional (pro tempore).
A primeira a tomar a palavra e a mediar as falas
foi a professora Lana Fonseca. A coordenadora institucional contou sua
trajetória no Programa e falou sobre o tempo para organizar o edital junto à
Capes — cerca de um ano —, que surgiu com 8 subprojetos nas licenciaturas dos
cursos de Belas Artes, Letras (Instituto Multidisciplinar – Nova Iguaçu),
Letras (Seropédica), Ciências Sociais, Pedagogia (Instituto Multidisciplinar –
Nova Iguaçu), Pedagogia (Seropédica), Filosofia e Biologia.
Lana valorizou, ainda, o trabalho do professor e,
durante a história da trajetória do PIBID na Instituição, pontuou a importância
do ensino universitário na formação de novos educadores.
— Vivemos num fluxo muito grande. Hoje a
licenciatura na nossa Universidade é extremamente valorizada — disse.
Complementando as colocações da professora, Lígia
Machado, Pró-reitora de Graduação contou a evolução do Programa na Rural.
— No princípio tudo era muito nebuloso. Hoje, na Rural o PIBID é um projeto consolidado e toda aquela nebulosidade
do começo do projeto já não existe mais — afirmou.
Lígia falou, também, sobre a profissão de educador
e afirmou que é um exercício de prática de ensino sem fim.
— A formação do professor avança para sempre, pois
a gente vive em um espaço de construção, reconstrução e expansão — concluiu.
Ciências
educacionais
Convidada pelo evento, Ana Maria Dantas Soares, Reitora
da Universidade Rural, doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento,
Agricultura e Sociedade, incentivou a profissão do educador, independentemente
do setor no qual trabalha: educação básica ou superior, e disse que é
necessária uma integração maior entre esses locais salientando o dever do
Programa para essa troca.
— O PIBID é um sonho. É preciso chegar mais perto
das escolas além de um estágio. É necessário viver o cotidiano desses espaços,
conversar e dialogar com esses lugares — pontuou.
Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e professor da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro (UERJ), Aristeo Leite Filho, ministrou uma conversa sobre “O que é
ser professor nos dias de hoje?”.
Acompanhado do professor Fernando Gouvêa, do
Instituto de Educação (IE) da UFRRJ, também doutor em Educação pela PUC-RJ,
Aristeo mostrou panoramas de diversos professores e centros educacionais
espalhados pelo território brasileiro e exterior; uns com mais tecnologias,
outros com menos, com mais ou menos recursos, entre outros pontos que diferem as
escolas umas das outras. Porém, mostrou um ponto central entre todas elas: o
professor, o líder que não só ensina, mas aprende. Além disso, frisou a
importância desse guia saber trabalhar com pessoas.
— Ensino não existe sem aprendizado. Estou diante
de um profissional que vai trabalhar com a gente. E gente está em baixa hoje.
As pessoas esquecem que precisam uma da outra. Nossa profissão é humana.
Sobre a polêmica sem fim da desvalorização do
professor na sociedade, Aristeo falou que ainda há credibilidade social no
profissional e salientou o dever de quem deseja seguir esse caminho.
— Nós professores temos dois compromissos: o
aprendizado dos estudantes e a aprendizagem deles de fato, compromissado; que
são coisas diferentes. E, embora a profissão seja de baixo valor social, as
pessoas acreditam na gente. E a profissão de professor não é pra cuidar de
cérebro de crianças somente. Tem de cuidar deles e dos donos deles — finalizou.
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