terça-feira, 6 de setembro de 2011

Debate
UFRRJ realiza fórum sobre Ações Afirmativas
Por Samara Costa

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro realizou nesta segunda (06) o Fórum: Avanços e Desafios das Ações Afirmativas no Brasil. O evento ocorreu no Salão Hilton Sales e contou com a presença do coordenador da Educafro, Frei David, e da pró-reitora de Graduação, Nídia Majerowicz. O fórum teve como objetivo propor medidas que visem a igualdade racial em Universidades e o debate de propostas com relação às ações afirmativas do Brasil.

A pró-reitora Nídia Majerowicz deu início ao evento apresentando as estatísticas dos alunos matriculados na Rural ao decorrer dos anos como o número de estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas ou privadas, suas etnias e classes sociais. Com base nas informações, é possível observar a redução da desigualdade entre os ingressos na UFRRJ a partir da adesão ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU) e da implantação de ações afirmativas para pessoas oriundas de escolas públicas, entre outros programas. A pró-reitora também mostrou o aumento do número de graduações na Rural. “Os cursos da UFRRJ passaram de 18 para 56 em apenas 17 anos, o que demonstra como a Universidade vem se desenvolvendo e disponibilizando uma grande quantidade de vagas para os estudantes”, destaca Nídia, que afirma ser a Rural a segunda universidade que mais oferece apoio assistencial aos alunos, gerando a permanência dos mesmos e, consequentemente, a conclusão do curso.

Ações

Na sequência, Frei David iniciou sua apresentação com um debate sobre as cotas oferecidas no país, principalmente as raciais. Segundo ele, há uma pequena quantidade de negros cursando os cursos mais caros. “A população de jovens negros brasileiros é de 64,9%. Este dado não coincide com o número de alunos matriculados em uma universidade pública. Há uma grande diferença de dados”, afirma o coordenador da Educafro, que desenvolve seu trabalho em prol das ações afirmativas. A questão da evasão universitária também foi exposta por ele como algo que necessita de atenção, uma vez que as pessoas precisam manter-se nas Instituições de Ensino.  “O número de alunos desistentes é bem significativo, tanto em universidades públicas quanto privadas. Por que vocês acham que isso acontece?”, questionou Frei David. Na sequência, os participantes foram provocados a pensarem os motivos que causam este fenômeno.

A partir dos debates, uma Comissão foi estabelecida com cinco integrantes, juntamente com o professor Nilton Souza da Silva, coordenador do LAPSIAFRO/UFRRJ, para elaborar um projeto de cotas para a UFRRJ, pelo qual alunos e professores se unem para debater as propostas juntamente com a pró-reitora, Nídia Majerowicz.

A organização do evento foi feita pela Pró-reitoria de Graduação em parceria com os grupos Educafro, Laboratório de Psicologia e Informações Afro-Descendentes da UFRRJ (Lapsiafro), Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros (Leafro), Núcleo de Análises em Políticas Públicas (NAPP-UFRRJ) e Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

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