terça-feira, 20 de setembro de 2011

Educação do Campo
Seminário marca o primeiro aniversário da LEC
Por Ramon Cesar
Ex-militantes exibem imagens das lutas sociais de 1988
Aconteceu nos últimos dias 14 a 16 de setembro, o III Seminário de Educação Popular e Desafios Contemporâneos, realizado em comemoração ao primeiro aniversário do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEC).
O evento contou com conferencistas da casa e convidados que, entre diversos assuntos, discutiram sobre as memórias das lutas sociais, inclusive com a presença de ex-militantes sociais que relataram sobre suas lutas durante as greves de 1988 em VoltaRedonda (RJ) . Os convidados descreveram a realidade do município durante a atuação dos ativistas, que batalharam por direitos de cidadania. “As memórias não podem ser esquecidas”, ressaltam os ex-militantes, que levam o público à comoção ao relatarem sobre o tempo em que passaram como presos políticos.
O Curso 
A Licenciatura em Educação do Campo nasceu em 2010 com o objetivo de alcançar jovens e adultos de projetos de Assentamento da Reforma Agrária, criado pelo INCRA/RJ (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), capacitando-os para atuação nas escolas do campo.


O estudante Roberto Gomes, pertencente à Ocupação Urbana no Centro do Rio de Janeiro, está no 3º período do curso e confirma este objetivo. “É um curso diferenciado que tem a responsabilidade de formar educadores que atuem nos assentamentos. Temos dificuldades, afinal, somos um curso em processo de estruturação, mas, temos muito aspectos positivos. Aos poucos chegamos lá”, relata o futuro professor.
A necessidade da criação do curso surgiu a partir da demanda crescente nas áreas de Reforma Agrária do Estado em virtude da pouca escolarização dos trabalhadores rurais, que atuam na Agricultura Familiar. O objetivo é atuar propiciando não apenas uma política pública voltada para o desenvolvimento econômico dos assentamentos, mas, também de uma política voltada para o desenvolvimento intelectual e cultural destes trabalhadores e seus filhos.
A professora e coordenadora do curso Roberta Lobo expõe suas expectativas. “Almejamos consolidar a proposta da presença de movimentos sociais que avança nessa legitimidade e não se desvincula da realidade social e política. Entre várias expectativas, sonhamos com a regularização do curso”, planeja a coordenadora.

Um comentário:

  1. eu adoro essa gente, são lutadores e artistas sociais, que a cada dia acrescentam pra essa Universidade..

    ResponderExcluir