quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Letras
Semana acadêmica aborda novas tecnologias e clássicos
Por Samara Costa


Aluna apresenta póster sobre surdez
Na ultima sexta feira (16), foi encerrada a terceira edição da Semana Acadêmica de Letras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O evento teve início no dia 12 e contou com apresentações de palestras, minicursos, atividades culturais, entre outros, que foram ministrados por professores da casa e convidados.

O ultimo dia da Semana Acadêmica, além de contar com apresentações de pôsteres dos alunos de Letras com diversos temas como: proposta de educação para surdos, tropicalismo e dificuldade da alfabetização, apresentou também outros minicursos como “Entre o livro e o ipad: diálogos sobre a literatura e a imagem técnica”, com o professor Anderson Soares Gomes, e uma palestra de encerramento sobre O Negro na Literatura Brasileira, apresentada pelo escritor Nei Lopes.


Minicursos


Dentre as atividades da semana, foi realizado o minicurso “Conhecendo a Dislexia”, com a Fonoaudióloga Luciana Mendes. A professora ofereceu explicações, vídeos, exemplificou as características dos pacientes com o distúrbio e cedeu orientações para os alunos sobre o tema. Segundo a fonoaudióloga, que presta serviço aos trabalhadores da UFRRJ, a Dislexia não é uma doença e sim um modo diferente do cérebro trabalhar. “O disléxico tem muita dificuldade em transformar a letra em som e o som em letra, ocasionando o distúrbio na leitura.” explica Luciana. A fonoaudióloga comentou sobre os primeiros sintomas “É possível detectar sintomas na fase pré-escolar da criança, mas a confirmação do distúrbio só é diagnosticada depois dos três anos e após de inúmeros testes.”
 Fonoaudióloga explica sobre a dislexia

Segundo Luciana Mendes somente 10% da população brasileira possui dislexia, dado inferior comparado a outros países como França e EUA. “A França possui o maior índice de pessoas disléxicas no mundo e os EUA, por exemplo, possuem 18% da população com o distúrbio. Essas diferenças ocorrem devido às inúmeras irregularidades no sistema de escrita”, comenta a fonoaudióloga.

Luciana destacou também a alta capacidade mental dos portadores. “Os disléxicos possuem boa capacidade mental e ótima habilidade de gravar imagens. Além de ter um bom desempenho em áreas que não dependem da leitura como: Matemática, Artes e Biologia.”, finaliza a fonoaudióloga.

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