Por Samara Costa e Kleber Costa
Na tarde da última quarta (19),
aconteceu a Assembleia dos Estudantes no auditório Gustavo Dutra, na sede em
Seropédica da UFRRJ. Assim como os professores, os universitários também saíram
oficialmente da greve na terça.
No começo da Assembleia, os
estudantes fizeram uma avaliação da greve. O Representante Estudantil do Campus
Seropédica que compôs o CNGE (Comando Nacional de Greve Estudantil) em Brasília
e membro do Diretório Central dos Estudantes, Leandro Rocha, disse que essa
greve teve algumas conquistas, como a aprovação dos 10% do PIB para a educação
e o aumento do PNAES (Plano Nacional de Assistência estudantil). No entanto,
muitas coisas ainda precisam ser conquistadas. “A greve envolveu vários setores
da Universidade que estavam desmobilizados, com isso a comunidade universitária
ficou ciente dos reais problemas existentes nela, desde o processo de
precarização e sucateamento até as más condições de ensino”, comenta.
O estudante destaca ainda que será
criado um Comitê de Mobilização na Universidade para discutir todas as pautas e
reinvindicações não atendidas. “Não podemos esquecer que a aprovação dos 10% do
PIB para a educação e o aumento do PNAES é resultado da
pressão popular e da unificação das categorias em greve: estudantes,
professores e servidores”, disse Rocha.
Outro assunto discutido na
Assembleia foi a elaboração do novo calendário acadêmico. Assim como a
categoria docente, os estudantes são favoráveis ao retorno das aulas somente no
dia 1º de Outubro. No entanto, eles abriram espaço para representantes da
Pró-reitoria de Graduação (Prograd) apresentarem os motivos que a levaram a
sugerir um calendário acadêmico recomeçando as aulas já na próxima
segunda-feira, dia 24 de setembro.
O Diretor do Departamento de
Assuntos Acadêmicos e Registro Geral, Leonardo de Gil Torres, fala da
importância em reestabelecer o calendário na segunda: “Para garantir os 15 dias
de recesso dos professores em dezembro e os dez dias extras destinados à
revisão de conteúdo, é necessário que a Instituição retome as suas atividades
na próxima semana. Infelizmente, se começarmos em outubro, não será possível,
neste curto espaço de tempo, fazermos as duas semanas de revisão de conteúdos nos
dias extras ou garantir os 15 dias de recesso”, destaca.
Preocupados com os alunos que
não conseguiriam comprar passagens de retorno à Rural até segunda, o DCE sugere
que as aulas recomessem no dia 24, mas com abono de falta aos alunos que não
puderem comparecer nas duas primeiras semanas de aulas. Torres acredita que
esta pode ser uma solução viável, e que garantiria tanto as duas semanas de
revisão de conteúdo nos dez dias extras, quanto o recesso de 15 dias em
dezembro.
No fim, os alunos criaram uma
comissão para defender os interesses estudantis e decidiram endossar a proposta
de calendário dos Professores nas reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão e do Conselho Universitário, que aprovarão amanhã o novo calendário
acadêmico.
O Calendário definitivo será votado nesta sexta (21) durante reunião do CEPE, que buscarão ouvir o que foi debatido nas duas assembleias para delimitar as novas datas.
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