sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Estudantes assistem a cine-debate do filme A Batalha de Argel

Por Carolina Vaz
Estudantes presentes na Rural puderam participar, na última terça-feira  (01), de um cine-debate do filme A Batalha de Argel, no auditório Paulo Freire, do ICHS. Trata-se de uma produção argelina lançada em 1966, quatro anos após o fim da guerra pela independência da Argélia, ex-colônia francesa. A Batalha de Argel trata do desenrolar do embate em Argel, capital do país, onde moravam europeus e árabes. Lá, surgiu a Frente de Libertação Nacional (FLN), movimento composto por argelinos árabes (de origem não-europeia), oriundos da região Casbah. O movimento, que lutava pela independência do país, passou a se declarar responsável pelos árabes, tanto em questões humanas como em moral. As pessoas que se aliavam à FLN realizavam ataques terroristas contra policiais franceses, até o dia em que a polícia francesa respondeu com um ataque a explosivo em Casbah, e ambos os lados começaram a se enfrentar com ataques que matavam e feriam dezenas de pessoas. Com o tempo, a polícia começou a capturar os responsáveis da FLN e torturá-los.
O professor Alexander Vianna, do Departamento de História, fez considerações sobre o filme, destacando a dialética que o constrói, à medida que as ações da FLN acontecem como resposta às do exército francês e vice-versa. Ele também enfatizou que o filme foi construído em cima da narrativa de Saadi Yacef, ator da produção e ex-combatente da FLN,  e também pela influência do diretor Gillo Pontecorvo, italiano frustado com os partidos comunistas de seu país, porém ainda anti-colonialismo. Vianna ainda tratou do contexto histórico da produção do filme e comentou que, embora o texto possa parecer parcial, em apoio aos guerrilheiros, a estética e a trilha sonora garantem o equilíbrio, dramatizando igualmente os ataques e personagens de ambos os lados.  

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