Por Kleber
Costa
Nesta semana, acontece a XXXII Semana Acadêmica de Biologia (Sembio)
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Desde ontem (27), no Instituto
de Biologia, estão ocorrendo diversas atividades da Sembio, como a Oficina
“Inventário de Mamíferos”, cuja apresentação foi feita pela estudante e
pesquisadora Julia Lins Luz.
Entenda o inventário
Julia ensina futuros biólogos a fixar pulseiras e brincos |
O inventário de mamíferos é uma atividade desenvolvida por uma equipe
de Biólogos numa determinada área. Costuma ser utilizado em pesquisas, para
descobrir a população de uma espécie qualquer; ou em um lugar que é necessário o
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), um mecanismo utilizado, também, para se
descobrir as consequências na fauna e flora de um empreendimento ambiental,
como por exemplo, uma hidroelétrica.
“Quem solicita um inventário quer saber a população existente de
determinada espécie, e não somente isso; deseja ainda, um monitoramento da
comunidade animal”, destaca a pesquisadora Julia Lins. São vários os mecanismos
utilizados para a captura e monitoramento dos animais. Para mamíferos como
morcegos e aves é utilizada a Rede de Neblina/Japonesa. Uma teia de tecido, semelhante
à rede de pesca.
Alunos conhecem objetos utilizados para captura |
Após a captura do bicho, os Biólogos utilizam algum meio para o
monitoramento e identificação do animal. Existem diversos tipos como pulseiras,
colares, brincos, anilhas - estes mais simples e menos precisos - e microchips -
considerado o mais eficiente em realizar o monitoramento, porém com custo
elevado. No entanto, o peso do microchip não deve ultrapassar 5% do peso do
bicho.
Outro meio encontrado pelos Biólogos para reconhecer um mamífero, como
onças, tigres e lobos, é através da coloração, manchas e pintas na pele, que
são únicas. Se comparado aos seres humanos, seria a impressão digital do mundo
animal. Cicatrizes também são importantes para a identificação correta do bicho.
Os detalhes deles são fotografados, e em seguida, a imagem é encaminhada para
um banco de dados.
No fim, a pesquisadora mostra aos alunos o radiotransmissor, outro
meio encontrado para coletar informações do mundo animal. A pulseira ou coleira
colocada no bicho se desprende após algum tempo, e através de um radar é
localizada pelos Biólogos. Com algumas informações coletadas, os profissionais
da área podem saber, por exemplo, o que cada som emitido
por uma espécie significa. Julia, no entanto, diz que em outros países esses equipamentos
já estão modernizados, permitindo assim, uma precisão ainda mais exata sobre o
comportamento dos animais.
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