terça-feira, 28 de agosto de 2012

Oficina da Sembio explica como fazer um inventário de animais

Por Kleber Costa
 
Nesta semana, acontece a XXXII Semana Acadêmica de Biologia (Sembio) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Desde ontem (27), no Instituto de Biologia, estão ocorrendo diversas atividades da Sembio, como a Oficina “Inventário de Mamíferos”, cuja apresentação foi feita pela estudante e pesquisadora Julia Lins Luz.
 
Entenda o inventário
 

Julia ensina futuros biólogos a fixar pulseiras e brincos

O inventário de mamíferos é uma atividade desenvolvida por uma equipe de Biólogos numa determinada área. Costuma ser utilizado em pesquisas, para descobrir a população de uma espécie qualquer; ou em um lugar que é necessário o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), um mecanismo utilizado, também, para se descobrir as consequências na fauna e flora de um empreendimento ambiental, como por exemplo, uma hidroelétrica.
 
“Quem solicita um inventário quer saber a população existente de determinada espécie, e não somente isso; deseja ainda, um monitoramento da comunidade animal”, destaca a pesquisadora Julia Lins. São vários os mecanismos utilizados para a captura e monitoramento dos animais. Para mamíferos como morcegos e aves é utilizada a Rede de Neblina/Japonesa. Uma teia de tecido, semelhante à rede de pesca.
 
Alunos conhecem objetos utilizados para captura
Após a captura do bicho, os Biólogos utilizam algum meio para o monitoramento e identificação do animal. Existem diversos tipos como pulseiras, colares, brincos, anilhas - estes mais simples e menos precisos - e microchips - considerado o mais eficiente em realizar o monitoramento, porém com custo elevado. No entanto, o peso do microchip não deve ultrapassar 5% do peso do bicho.
 
Outro meio encontrado pelos Biólogos para reconhecer um mamífero, como onças, tigres e lobos, é através da coloração, manchas e pintas na pele, que são únicas. Se comparado aos seres humanos, seria a impressão digital do mundo animal. Cicatrizes também são importantes para a identificação correta do bicho. Os detalhes deles são fotografados, e em seguida, a imagem é encaminhada para um banco de dados.
 
No fim, a pesquisadora mostra aos alunos o radiotransmissor, outro meio encontrado para coletar informações do mundo animal. A pulseira ou coleira colocada no bicho se desprende após algum tempo, e através de um radar é localizada pelos Biólogos. Com algumas informações coletadas, os profissionais da área podem saber, por exemplo, o que cada som emitido por uma espécie significa. Julia, no entanto, diz que em outros países esses equipamentos já estão modernizados, permitindo assim, uma precisão ainda mais exata sobre o comportamento dos animais.

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