quinta-feira, 20 de outubro de 2011



SNCT
A tecnologia reinventando o aprendizado da física

Reportagem: Kleber Costa
Fotos: Jéssika Peixoto

Edinaldo incentiva colegas a utilizarem applets para ensinar
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro continua com suas atividades a todo o vapor. Ontem (19), às dez horas, na sala 87, do prédio principal da Universidade, ocorreu a palestra sobre Os Modernos Applets no Ensino de Física. A apresentação durou uma hora e mostrou que é possível aprender física com mais dinamismo e perfeição.

Applets é a abreviação de aplicativos, que são programas para pequenas aplicações utilizados no ensino da física. Eles foram criados no fim dos anos 90 com o grande objetivo de interagir o aluno de forma direta com o conteúdo da disciplina. Os softwares permitem a visualização e a exploração dos fenômenos e experimentos, dando ao estudante o poder de chegar as suas próprias conclusões.

O universitário do 7° período de física e palestrante, Edinaldo Batista da Silva Júnior, comenta que as aulas para os alunos dos ensinos fundamental e médio passam a ser mais eficaz com o uso dos Applets. “Os aplicativos dão a oportunidade de uma aula mais interativa e dinâmica, além de ser um convite ao estudo da física, e ainda permitem reproduzir o fenômeno inúmeras vezes”, disse. Edinaldo é a favor da utilização da ferramenta por parte de alunos e professores já que os benefícios são grandes. “Os Applets minimizam a deficiência/falta dos laboratórios nas escolas e nas universidades”, explica.

Aplicativos são ferramentas atraentes para o ensino da Física
Mas existem desafios a serem superados já que a maioria dos aplicativos não está em português e alguns funcionam apenas com o usuário conectado a internet. Outra grande barreira para a popularização desses programas vem por parte dos professores. Muitos deles têm resistência a utilizar os softwares. “A resistência (dos professores) é o medo de aprender algo novo, de ser obsoleto. Muita gente dá aquela aula tradicional, pois aprendeu assim, e tem preguiça de aprender o novo, essa é a verdade”, destaca o futuro físico e professor que prossegue. “Mas se a gente cativar esses professores mostrar como funcionam esses aplicativos, mostrar que eles podem mudar uma aula, e os alunos participarem mais e tirarem melhores notas em física, acho que podemos mudar muita coisa”, instiga o jovem.

Natália Alves Machado e Marta Nunes Cardoso, alunas de física na Rural estão no 3° e 4° período, respectivamente, elas se recordam da época de estudantes do ensino médio, quando pouquíssimas pessoas se interessavam pelas aulas de física, pois eram maçantes e monótonas. Juntamente com Edinaldo, as universitárias querem mudar o modo como o aluno do ensino médio vê a física, e para isso pretendem utilizar a tecnologia disponível quando forem ministrar aulas para o ensino médio. “A reclamação de muita gente era que só se via um monte de frações e equações, e não conseguia concretizar o fenômeno. Já com esses aplicativos isso se torna possível porque dá pra ver o que acontece”, explica Marta.

Já Natália se recorda de uma aula que teve no ensino médio quando foram utilizados os Applets, segundo a universitária a aula rendeu bastante, os alunos aprenderam muito mais e aprender ficou mais divertido.

Edinaldo acha ainda necessário na Universidade um minicurso, para que todos os seus colegas possam aprender a utilizar os programas, e usarem quando forem professores e assim estas novas tecnologias que, timidamente estão chegando nas salas de aula, possibilitarão aos alunos um maior aproveitamento do conteúdo de física, melhorando, de forma expressiva, o aprendizado do estudante.

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