quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Meio Ambiente
Mudanças no clima e desastres naturais na abertura da SNCT

Fernanda Magalhães
Fonte: Agenotic
 “A discussão sobre as mudanças climáticas não pode estar somente vinculada à questão do aumento de temperatura, mas também à preocupação em construir uma sociedade justa e sustentável”. Com essa afirmação, o professor da USP, pesquisador sobre a física ambiental da poluição, Américo Kerr, resumiu o que seria o debate central da mesa de abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UFRRJ, segunda-feira, 17. Com o tema “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos”, a exposição dos professores presentes desenvolveu quatro vertentes principais: o efeito estufa e suas contribuições para o aquecimento global, no âmbito da agronomia e da pecuária em relação às alterações climáticas e na prevenção e acontecimento de desastres naturais.
Confrontando a ideia de que o efeito estufa contribui para as mudanças no clima, o professor Kerr afirma que, sem esse fenômeno natural a temperatura da terra seria -18ºC. A mudança da temperatura da terra detectada desde 1850 a 2007 é de 0,74%ºC e é considerada pequena em relação com as outras variações existentes na história. Entretanto, a questão a ser discutida é se o clima está mudando por ação do homem e como poderíamos evitar isso.
 As grandes metrópoles são as mais afetadas pelos desastres naturais no Brasil
Segundo o professor de geologia da UFRRJ, Tiago Marino, membro do Centro de Apoio Científico em Desastres (CENACID) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os estados no Brasil mais afetados por catástrofes naturais são Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Cenacid tem como um dos seus principais objetivos investigar as causas e consequências dos desastres naturais. Composto por uma equipe multidisciplinar, convoca profissionais de acordo com a necessidade da população: médicos, engenheiros entre outros. Possui também um sistema de dados do Cenacid – SIG que ajuda a identificar quais são as regiões mais afetadas e qual é a carência de cada localidade.
Participaram da mesa também o agrônomo e pesquisador da Embrapa Agrobiologia – Segundo Urguiaga, e Edinaldo Bezerra, especialista em produção de ruminantes, professor de zootecnia da UFRRJ.

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