Meio Ambiente
Mudanças no
clima e desastres naturais na abertura da SNCT
Fernanda Magalhães
Fonte: Agenotic
“A discussão sobre as mudanças
climáticas não pode estar somente vinculada à questão do aumento de
temperatura, mas também à preocupação em construir uma sociedade justa e
sustentável”. Com essa afirmação, o professor da USP, pesquisador sobre a
física ambiental da poluição, Américo Kerr, resumiu o que seria o debate
central da mesa de abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na
UFRRJ, segunda-feira, 17. Com o tema “Mudanças climáticas, desastres naturais e
prevenção de riscos”, a exposição dos professores presentes desenvolveu quatro
vertentes principais: o efeito estufa e suas contribuições para o aquecimento
global, no âmbito da agronomia e da pecuária em relação às alterações
climáticas e na prevenção e acontecimento de desastres naturais.
Confrontando a ideia de que o
efeito estufa contribui para as mudanças no clima, o professor Kerr afirma que,
sem esse fenômeno natural a temperatura da terra seria -18ºC. A mudança da
temperatura da terra detectada desde 1850 a 2007 é de 0,74%ºC e é considerada
pequena em relação com as outras variações existentes na história. Entretanto,
a questão a ser discutida é se o clima está mudando por ação do homem e como
poderíamos evitar isso.
As grandes metrópoles são as mais afetadas pelos desastres
naturais no Brasil
Segundo o professor de
geologia da UFRRJ, Tiago Marino, membro do Centro de Apoio Científico em
Desastres (CENACID) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os estados no
Brasil mais afetados por catástrofes naturais são Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná.
O Cenacid tem
como um dos seus principais objetivos investigar as causas e consequências dos
desastres naturais. Composto por uma equipe multidisciplinar, convoca
profissionais de acordo com a necessidade da população: médicos, engenheiros
entre outros. Possui também um sistema de dados do Cenacid – SIG que ajuda a
identificar quais são as regiões mais afetadas e qual é a carência de cada
localidade.
Participaram da mesa também o
agrônomo e pesquisador da Embrapa Agrobiologia – Segundo Urguiaga, e Edinaldo
Bezerra, especialista em produção de ruminantes, professor de zootecnia da
UFRRJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário